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Uma terra sem mapas...

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“Meu amor, estou à tua espera… Quanto dura um dia quando está escuro? E uma semana? O fogo apagou-se.  Tenho muito frio. [...] Morremos. Morremos ricos com amantes e tribos, gostos que experimentámos, corpos em que penetrámos e em que nadámos como rios. Medos em que nos escondemos…  Quero tudo isto marcado no meu corpo. Nós somos os verdadeiros países.  Não as fronteiras marcadas em mapas com nomes de homens poderosos.  Sei que virás e me levarás para o palácio dos ventos. É tudo o que quis. Passear nesse lugar contigo e com amigos. U ma terra sem mapas [...].” (In O Paciente Inglês) [Mar Português, da minha autoria @SChainho]

Prelecções

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e há homens que sonham em ser pais e ocupam o tempo nos tribunais e fazem da vida uma intriga e gastam saliva a falar do mundo pois eu busco sombras entre os pinhais a terra batida e aquecida eu procuro a areia gasta e o sol de Inverno eu procuro o meu corpo entre os teus braços e consigo ver a brandura nos teus olhos lassos eu dou-me ao mar como as gaivotas se dão à terra e nunca vou por onde vão os demais eu levo aos ombros uma carga de sinais e sou a esperança deles serem meus eu sou o entusiasmo próprio de alguém que consegue ver um pouco mais além eu sou a vida a ser vivida e sou o nada para lá do cais absorvo o tempo e aguardo… eu vim ao mundo foi p’ra me ver e por vezes sinto dor e febre de viver e por vezes sinto os Abismos a correr nas veias e quero-me em toda a parte dar-me ao vento e à leviandade como uma mão que tacteia na escuridão e que empurra a minh’alma para a imensidão um dia sonhei como os homens que querem ser pais mas tornei-me no próprio limbo das águas f

Destino

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“[...] depois de beber da tua loucura fiquei a pensar na forma contida como entraste na linha pura do meu destino eras a sombra oculta que rompia na verdade nua eras a voz sonante que rimava com a porta do meu corpo eras a manhã que trazia poesia sem dono agora que estás mais presente do que o verbo amar não desistas de chegar ao fim na estrada do meu aconchego [...]” @SChainho, In Pensamentos [Foto worldpress.com, 2011]