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Fica difícil...

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Fica difícil não atravessar a porta por onde Encontro o deserto sombrio da tua presença Fica difícil o cair da noite e as brumas da memória A tecer as muralhas do horror que crescem ao teu redor Fica difícil o caminho escuro que percorro Na estranheza do mundo perdido em que te tornaste Fica difícil livrar-te desse oásis corrupto Onde a fartura da mentira rompe a serenidade e a leveza Fica difícil fazer germinar a crença da bondade No meio da virtude que desconheces Fica difícil mascarar a impostura com a verdade Onde a podridão permanece como se fosse um sonho Fica difícil não afastar a dor e a vergonha De um dia ter habitado o castelo de papel Onde a maldade cresceu e o abandono não teve fim Fica difícil… @SChainho, In Devaneios Nocturnos [Retirado de:  http://www.themescompany.com ]

Ofereço-te os beijos

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"na sombra do teu olhar há uma forma perfeita de dizer que o mundo é para ser sentido sem dor palpitam desejos translúcidos de forças íntimas   a cair pelo céu aberto da esperança que te aconchega despido do medo entregas-me esse teu jeito de amar como as árvores em tempo de solidão e agarrada às palavras que vagueiam nos teus braços ofereço-te os beijos suspensos na minha poesia que espalho sem pudor nas noites em subversão"  @SChainho, In Devaneios Noturnos   [Imagem retirada de:  http://ericarufato.blogspot.pt ]

Prelecções

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e há homens que sonham em ser pais e ocupam o tempo nos tribunais e fazem da vida uma intriga e gastam saliva a falar do mundo pois eu busco sombras entre os pinhais a terra batida e aquecida eu procuro a areia gasta e o sol de Inverno eu procuro o meu corpo entre os teus braços e consigo ver a brandura nos teus olhos lassos eu dou-me ao mar como as gaivotas se dão à terra e nunca vou por onde vão os demais eu levo aos ombros uma carga de sinais e sou a esperança deles serem meus eu sou o entusiasmo próprio de alguém que consegue ver um pouco mais além eu sou a vida a ser vivida e sou o nada para lá do cais absorvo o tempo e aguardo… eu vim ao mundo foi p’ra me ver e por vezes sinto dor e febre de viver e por vezes sinto os Abismos a correr nas veias e quero-me em toda a parte dar-me ao vento e à leviandade como uma mão que tacteia na escuridão e que empurra a minh’alma para a imensidão um dia sonhei como os homens que querem ser pais mas tornei-me no próprio limbo das águas f