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É hora...

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"há no horizonte sem fim uma descerrada escuridão que sempre prevalece antes de chegar a liberdade uma tormenta suspensa na eternidade do teu olhar preenche as folhas vazias no livro da tua imperfeição é hora dos silêncios e dos gestos a percorrer a verdade é hora de abraçar os recantos fiéis da tua sabedoria é hora de trazer essa imagem que inunde o presente sim é hora de percorrer as veias do teu pensamento e com as minhas mãos derramar em ti o gosto puro da minha presença a caminhar na tua imensidão" @SChainho In Devaneios Nocturnos [Retirada de johannomenor.blogspot.com]

Devolve-me, por favor!

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"Fui à varanda sorver a calmaria da noite e o ar adocicado que emanava do fundo da rua. Ao longe, um café antigo recebia gente estranha que entrava e saía, num permanente corrupio. Tal e qual um enfermo que se vai habituando ao hospital, por saber que já não consegue viver fora dele, eu tentava desesperadamente esquecer-me desta doença incurável e aguardava que a sorte te trouxesse até mim para que, antes do fim, pudesses devolver-me. Entraste pelo quarto, sem bateres, e passaste a pertencer ao meu mundo. Apossaste-te dos meus sentidos e partilhaste a pureza e a verdade que havia nas sombras do presente. Transpirava em ti o amor avassalador que nunca percorremos. Caminhaste na minha direcção. Acompanhava-te um choro copioso e demorado e assim, sem meios para te levantares, deitaste a cabeça sobre o meu peito. Uma vontade férrea esculpiu o meu rosto nos teus caminhos e a tua mão, impregnada com a tua doçura, tocou-me levemente como se não me quisesse abandonar. Limpaste sofreg