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Nunca te esqueças, querida mãe!

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Como foi que chegámos até aqui, minha querida mãe? Como foi? Como foi que o tempo te transformou na rocha invencível Soletrada entre os abismos, onde o sonho nunca se findou? Diz, por favor, como atravessaste as agruras Dos caminhos invernosos que nunca recusaste percorrer? Traz-me essa cor de alegria, feita de cristal, que vais Espalhando nas ruas sinuosas que completam o teu nome. Ensina-me como enfrentaste a ameaça dos dias cinzentos Às portas da tua fortaleza… Deixa-me essa marca do destino que te fez Mulher entre as mulheres para que eu possa sempre Renascer entre o pó das cidades adormecidas. Entrega-me essa força das palavras Que as horas vão dissipando pelos corpos das searas. Diz-me que ainda gritas por mim, quando saio para a vida, Para que eu possa transformar-me na túnica que te cobre de incenso… Não te esqueças, mãe Nunca te esqueças de me lembrar Como foi que chegámos até aqui! SChainho (17, setembro, 2015)

"Um dia branco"

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"Um dia branco Dai-me um dia branco, um mar de beladona Um movimento Inteiro, unido, adormecido Como um só momento. Eu quero caminhar como quem dorme Entre países sem nome que flutuam. Imagens tão mudas Que ao olhá-las me pareça Que fechei os olhos. Um dia em que se possa não saber." SMBAndresen

Um dia Grande

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ontem foi um dia Grande, sim, ontem foi um dia muito Grande foi o dia das imagens, da pureza do olhar que não tem palavras, da verdade,  da crença, da certeza dos recomeços, da bondade e das recompensas um dia em que a grandeza dos afectos, a força dos abraços e a beleza dos sorrisos não teve limites, não teve amarras o dia crepitou na pele, semeou coragem, revelou sabedoria, cresceu a valentia... ontem, foi o dia do transbordar da alma, da luta e do combate contra as amarguras a caírem no poente, foi o momento  de caminhar por entre as muralhas a esmagar a insegurança do futuro, o culminar de um percurso aquecido  pelo sangue do poema que se fez sim, ontem eu vi claramente as vossas faces orientadas para a luz que iluminará  esse longo percurso quando vierem as próximas encruzilhadas Bem hajam! [Com amor e carinho, para L&M] [Imagem retirada de: http://frasesteengirl.blogspot.pt]

Personagens improvisadas

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f oi no rescaldo do dia que fizeste aparecer o ruído das horas a estalar dentro do peito sempre essa forma incontida de dizer a sorrir que a vida é para lá de elegante nesse instante renasceu uma fonte quase inexistente de instinto humano que se repartiu por entre a beleza da razão e a inteligência refinada da emoção tal e qual duas personagens improvisadas sem nunca ultrapassar essa sublime fronteira ficámos assim a braços com o distante figuras de proa numa simplicidade contagiante... SChainho, In Devaneios NoCturnos [Arlequim e Colombina. Retirado de http://www.culturamix.com/]

Há-de vir o dia...

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tão grande e pesado é o sonho que trazes na algibeira que cresce por entre as tuas mãos abertas ao sol nascente enquanto percorres um caminho de pedras atapetado é pela manha que trazes o vento agarrado à tua vontade esse desejo dilatado e transparente de eclodir por entre as ondas do mar e de navegar em liberdade onde o sossego te aguarda como uma mãe a um filho há-de vir o dia em que embalado pelo calor humano que encontras na curva sinuosa dos silêncios suspensos num corpo desconhecido afastarás os mil cansaços que te acompanham e guiado pelo farol de uma sobranceira felicidade caminharás em passos largos ao teu encontro ainda que eu morra sem que tu chegues há-de vir o dia… @SChainho, In Devaneios Nocturnos [Costa alentejana, 2014, autoria @SChainho]

Fica difícil...

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Fica difícil não atravessar a porta por onde Encontro o deserto sombrio da tua presença Fica difícil o cair da noite e as brumas da memória A tecer as muralhas do horror que crescem ao teu redor Fica difícil o caminho escuro que percorro Na estranheza do mundo perdido em que te tornaste Fica difícil livrar-te desse oásis corrupto Onde a fartura da mentira rompe a serenidade e a leveza Fica difícil fazer germinar a crença da bondade No meio da virtude que desconheces Fica difícil mascarar a impostura com a verdade Onde a podridão permanece como se fosse um sonho Fica difícil não afastar a dor e a vergonha De um dia ter habitado o castelo de papel Onde a maldade cresceu e o abandono não teve fim Fica difícil… @SChainho, In Devaneios Nocturnos [Retirado de:  http://www.themescompany.com ]

Uma terra sem mapas...

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“Meu amor, estou à tua espera… Quanto dura um dia quando está escuro? E uma semana? O fogo apagou-se.  Tenho muito frio. [...] Morremos. Morremos ricos com amantes e tribos, gostos que experimentámos, corpos em que penetrámos e em que nadámos como rios. Medos em que nos escondemos…  Quero tudo isto marcado no meu corpo. Nós somos os verdadeiros países.  Não as fronteiras marcadas em mapas com nomes de homens poderosos.  Sei que virás e me levarás para o palácio dos ventos. É tudo o que quis. Passear nesse lugar contigo e com amigos. U ma terra sem mapas [...].” (In O Paciente Inglês) [Mar Português, da minha autoria @SChainho]

Ofereço-te os beijos

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"na sombra do teu olhar há uma forma perfeita de dizer que o mundo é para ser sentido sem dor palpitam desejos translúcidos de forças íntimas   a cair pelo céu aberto da esperança que te aconchega despido do medo entregas-me esse teu jeito de amar como as árvores em tempo de solidão e agarrada às palavras que vagueiam nos teus braços ofereço-te os beijos suspensos na minha poesia que espalho sem pudor nas noites em subversão"  @SChainho, In Devaneios Noturnos   [Imagem retirada de:  http://ericarufato.blogspot.pt ]

É hora...

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"há no horizonte sem fim uma descerrada escuridão que sempre prevalece antes de chegar a liberdade uma tormenta suspensa na eternidade do teu olhar preenche as folhas vazias no livro da tua imperfeição é hora dos silêncios e dos gestos a percorrer a verdade é hora de abraçar os recantos fiéis da tua sabedoria é hora de trazer essa imagem que inunde o presente sim é hora de percorrer as veias do teu pensamento e com as minhas mãos derramar em ti o gosto puro da minha presença a caminhar na tua imensidão" @SChainho In Devaneios Nocturnos [Retirada de johannomenor.blogspot.com]

Segredos da terra

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[...]  tenho saudades desses outros tempos dos tempos em que mesma era um rio aberto que seguia pelos segredos da terra sem medo a soletrar as veias da serra e sozinha caía como água pura entre as rochas na esperança de abraçar o sonho que eras tu [...] @SChainho In Pensamentos [ Queensland, Austrália em http://tedytravel.com ]