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A mostrar mensagens de setembro, 2015

Nunca te esqueças, querida mãe!

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Como foi que chegámos até aqui, minha querida mãe? Como foi? Como foi que o tempo te transformou na rocha invencível Soletrada entre os abismos, onde o sonho nunca se findou? Diz, por favor, como atravessaste as agruras Dos caminhos invernosos que nunca recusaste percorrer? Traz-me essa cor de alegria, feita de cristal, que vais Espalhando nas ruas sinuosas que completam o teu nome. Ensina-me como enfrentaste a ameaça dos dias cinzentos Às portas da tua fortaleza… Deixa-me essa marca do destino que te fez Mulher entre as mulheres para que eu possa sempre Renascer entre o pó das cidades adormecidas. Entrega-me essa força das palavras Que as horas vão dissipando pelos corpos das searas. Diz-me que ainda gritas por mim, quando saio para a vida, Para que eu possa transformar-me na túnica que te cobre de incenso… Não te esqueças, mãe Nunca te esqueças de me lembrar Como foi que chegámos até aqui! SChainho (17, setembro, 2015)