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Fica difícil...

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Fica difícil não atravessar a porta por onde Encontro o deserto sombrio da tua presença Fica difícil o cair da noite e as brumas da memória A tecer as muralhas do horror que crescem ao teu redor Fica difícil o caminho escuro que percorro Na estranheza do mundo perdido em que te tornaste Fica difícil livrar-te desse oásis corrupto Onde a fartura da mentira rompe a serenidade e a leveza Fica difícil fazer germinar a crença da bondade No meio da virtude que desconheces Fica difícil mascarar a impostura com a verdade Onde a podridão permanece como se fosse um sonho Fica difícil não afastar a dor e a vergonha De um dia ter habitado o castelo de papel Onde a maldade cresceu e o abandono não teve fim Fica difícil… @SChainho, In Devaneios Nocturnos [Retirado de:  http://www.themescompany.com ]

É hora...

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"há no horizonte sem fim uma descerrada escuridão que sempre prevalece antes de chegar a liberdade uma tormenta suspensa na eternidade do teu olhar preenche as folhas vazias no livro da tua imperfeição é hora dos silêncios e dos gestos a percorrer a verdade é hora de abraçar os recantos fiéis da tua sabedoria é hora de trazer essa imagem que inunde o presente sim é hora de percorrer as veias do teu pensamento e com as minhas mãos derramar em ti o gosto puro da minha presença a caminhar na tua imensidão" @SChainho In Devaneios Nocturnos [Retirada de johannomenor.blogspot.com]

Destino

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“[...] depois de beber da tua loucura fiquei a pensar na forma contida como entraste na linha pura do meu destino eras a sombra oculta que rompia na verdade nua eras a voz sonante que rimava com a porta do meu corpo eras a manhã que trazia poesia sem dono agora que estás mais presente do que o verbo amar não desistas de chegar ao fim na estrada do meu aconchego [...]” @SChainho, In Pensamentos [Foto worldpress.com, 2011]

Devolve-me, por favor!

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"Fui à varanda sorver a calmaria da noite e o ar adocicado que emanava do fundo da rua. Ao longe, um café antigo recebia gente estranha que entrava e saía, num permanente corrupio. Tal e qual um enfermo que se vai habituando ao hospital, por saber que já não consegue viver fora dele, eu tentava desesperadamente esquecer-me desta doença incurável e aguardava que a sorte te trouxesse até mim para que, antes do fim, pudesses devolver-me. Entraste pelo quarto, sem bateres, e passaste a pertencer ao meu mundo. Apossaste-te dos meus sentidos e partilhaste a pureza e a verdade que havia nas sombras do presente. Transpirava em ti o amor avassalador que nunca percorremos. Caminhaste na minha direcção. Acompanhava-te um choro copioso e demorado e assim, sem meios para te levantares, deitaste a cabeça sobre o meu peito. Uma vontade férrea esculpiu o meu rosto nos teus caminhos e a tua mão, impregnada com a tua doçura, tocou-me levemente como se não me quisesse abandonar. Limpaste sofreg

Poros da lua...

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“às portas da morte deixaste a seiva da loucura permanecer no espaço aberto da estrada que eras tu e ainda assim continuámos silenciosamente a percorrer a verdade através dos troncos agrestes da nossa memória dessa casa que nunca habitaste mas que era nossa restou a beleza do retrato dos filhos que nunca chegaram hoje tenho a certeza que nada do que me deste era puro pura sim era a forma como te ressuscitava em cada noite em que vinhas sem medo por entre os poros da lua para me fazeres acreditar que eras meu quando eu era tua (…)” @SChainho In Pensamentos [Retirado de minilua.com]