Mensagens

A mostrar mensagens com a etiqueta árvores

"Há ramos verdes no meio do silêncio (em Constância)"

Imagem
"Há ramos verdes no meio do silêncio. Os pássaros abrandam a sua vida para beber do muito que nasce das árvores. E eu comovo-me sempre que eles se curvam para deificar o vento que passa. Há histórias de amor de verdade em cada ruga por onde passa a seiva das folhas, que teimosamente renascem em cada céu. E, num instante, o tempo roubou-me de mim e alimentou-me com o sonho que tive quando te vi. Oh vento, traz-me de volta e deixa-me no silêncio bronzeado dos que amam os ramos verdes, para que eu possa sobreviver a cada partida tua." @SChainho, 17 de junho de 2022 (Constância)

Ofereço-te os beijos

Imagem
"na sombra do teu olhar há uma forma perfeita de dizer que o mundo é para ser sentido sem dor palpitam desejos translúcidos de forças íntimas   a cair pelo céu aberto da esperança que te aconchega despido do medo entregas-me esse teu jeito de amar como as árvores em tempo de solidão e agarrada às palavras que vagueiam nos teus braços ofereço-te os beijos suspensos na minha poesia que espalho sem pudor nas noites em subversão"  @SChainho, In Devaneios Noturnos   [Imagem retirada de:  http://ericarufato.blogspot.pt ]

FINITUDE

Imagem
“Ficaram na pele um do outro até cegarem de emoção. Transpirava neles o desejo de amar até ao fim dos seus dias, mas recusaram-se a pensar no futuro e no fim dos dias. No exacto momento em que o desejo chegou, responderam aos impulsos e entregaram-se com a intensidade de uma onda a invadir chão alheio. Levados pela emoção e carência do momento, trouxeram de mãos dadas a felicidade a rebentar pelas costuras e acreditaram que ela duraria, quem sabe para sempre, por entre as brechas da imperfeição. E durou… Ah, mas eles fizeram-na durar até ao dia em que a estrada se quebrou e o óbvio aconteceu – ele levou o calor do seu corpo para outro e ela espalhou o silêncio entre eles para abafar o inverno que crescia dentro dela. “Estou farto de tudo”, disse-lhe ele com uma certeza mais abrupta do que um terramoto. “E eu também…”, gritou ela para dentro do ar que custava a respirar e esperou que a calma e o descanso invadissem o espaço que era deles, para depois se apresentar como soluçã