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Tu, que caminhas sem medos.

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  Tu, que caminhas sem medos. “Quando as nuvens se apartam, carregadas de negro, o teu semblante caminha de mãos dadas com o perigo. É nesse momento que se enche no espaço a arte da dádiva, pois tudo é teu e nada consegues pacificar que não tenha sangue e valor. As tuas mãos, sedentas e sempre prontas a abarcar a dor e o abismo, trazem ao mundo a fé semeada no meio do caos. De passo seguro e olhar profundo, absorves o silêncio que invade a transparência da tua alma entregue a um inferno sem rosto. São instantes, escaladas ardentes de solidão e coragem que transbordam dos teus poros. É neste silêncio que, por momentos, te entregas às coisas que não têm nome, são coisas maiores, é fruta, é chão maduro, é terreno incerto e suspenso nas cicatrizes do tempo que nunca deixas fugir. E as pessoas não imaginam como fica o teu corpo devastado pelas perguntas que nunca terão resposta e que levarás para sempre na subtil verdade do que és. Só tu sabes… Tu, que vives

Uma terra sem mapas...

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“Meu amor, estou à tua espera… Quanto dura um dia quando está escuro? E uma semana? O fogo apagou-se.  Tenho muito frio. [...] Morremos. Morremos ricos com amantes e tribos, gostos que experimentámos, corpos em que penetrámos e em que nadámos como rios. Medos em que nos escondemos…  Quero tudo isto marcado no meu corpo. Nós somos os verdadeiros países.  Não as fronteiras marcadas em mapas com nomes de homens poderosos.  Sei que virás e me levarás para o palácio dos ventos. É tudo o que quis. Passear nesse lugar contigo e com amigos. U ma terra sem mapas [...].” (In O Paciente Inglês) [Mar Português, da minha autoria @SChainho]