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Personagens improvisadas

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f oi no rescaldo do dia que fizeste aparecer o ruído das horas a estalar dentro do peito sempre essa forma incontida de dizer a sorrir que a vida é para lá de elegante nesse instante renasceu uma fonte quase inexistente de instinto humano que se repartiu por entre a beleza da razão e a inteligência refinada da emoção tal e qual duas personagens improvisadas sem nunca ultrapassar essa sublime fronteira ficámos assim a braços com o distante figuras de proa numa simplicidade contagiante... SChainho, In Devaneios NoCturnos [Arlequim e Colombina. Retirado de http://www.culturamix.com/]

Há-de vir o dia...

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tão grande e pesado é o sonho que trazes na algibeira que cresce por entre as tuas mãos abertas ao sol nascente enquanto percorres um caminho de pedras atapetado é pela manha que trazes o vento agarrado à tua vontade esse desejo dilatado e transparente de eclodir por entre as ondas do mar e de navegar em liberdade onde o sossego te aguarda como uma mãe a um filho há-de vir o dia em que embalado pelo calor humano que encontras na curva sinuosa dos silêncios suspensos num corpo desconhecido afastarás os mil cansaços que te acompanham e guiado pelo farol de uma sobranceira felicidade caminharás em passos largos ao teu encontro ainda que eu morra sem que tu chegues há-de vir o dia… @SChainho, In Devaneios Nocturnos [Costa alentejana, 2014, autoria @SChainho]

Fica difícil...

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Fica difícil não atravessar a porta por onde Encontro o deserto sombrio da tua presença Fica difícil o cair da noite e as brumas da memória A tecer as muralhas do horror que crescem ao teu redor Fica difícil o caminho escuro que percorro Na estranheza do mundo perdido em que te tornaste Fica difícil livrar-te desse oásis corrupto Onde a fartura da mentira rompe a serenidade e a leveza Fica difícil fazer germinar a crença da bondade No meio da virtude que desconheces Fica difícil mascarar a impostura com a verdade Onde a podridão permanece como se fosse um sonho Fica difícil não afastar a dor e a vergonha De um dia ter habitado o castelo de papel Onde a maldade cresceu e o abandono não teve fim Fica difícil… @SChainho, In Devaneios Nocturnos [Retirado de:  http://www.themescompany.com ]

Uma terra sem mapas...

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“Meu amor, estou à tua espera… Quanto dura um dia quando está escuro? E uma semana? O fogo apagou-se.  Tenho muito frio. [...] Morremos. Morremos ricos com amantes e tribos, gostos que experimentámos, corpos em que penetrámos e em que nadámos como rios. Medos em que nos escondemos…  Quero tudo isto marcado no meu corpo. Nós somos os verdadeiros países.  Não as fronteiras marcadas em mapas com nomes de homens poderosos.  Sei que virás e me levarás para o palácio dos ventos. É tudo o que quis. Passear nesse lugar contigo e com amigos. U ma terra sem mapas [...].” (In O Paciente Inglês) [Mar Português, da minha autoria @SChainho]

Ofereço-te os beijos

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"na sombra do teu olhar há uma forma perfeita de dizer que o mundo é para ser sentido sem dor palpitam desejos translúcidos de forças íntimas   a cair pelo céu aberto da esperança que te aconchega despido do medo entregas-me esse teu jeito de amar como as árvores em tempo de solidão e agarrada às palavras que vagueiam nos teus braços ofereço-te os beijos suspensos na minha poesia que espalho sem pudor nas noites em subversão"  @SChainho, In Devaneios Noturnos   [Imagem retirada de:  http://ericarufato.blogspot.pt ]

É hora...

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"há no horizonte sem fim uma descerrada escuridão que sempre prevalece antes de chegar a liberdade uma tormenta suspensa na eternidade do teu olhar preenche as folhas vazias no livro da tua imperfeição é hora dos silêncios e dos gestos a percorrer a verdade é hora de abraçar os recantos fiéis da tua sabedoria é hora de trazer essa imagem que inunde o presente sim é hora de percorrer as veias do teu pensamento e com as minhas mãos derramar em ti o gosto puro da minha presença a caminhar na tua imensidão" @SChainho In Devaneios Nocturnos [Retirada de johannomenor.blogspot.com]

Segredos da terra

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[...]  tenho saudades desses outros tempos dos tempos em que mesma era um rio aberto que seguia pelos segredos da terra sem medo a soletrar as veias da serra e sozinha caía como água pura entre as rochas na esperança de abraçar o sonho que eras tu [...] @SChainho In Pensamentos [ Queensland, Austrália em http://tedytravel.com ]