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Ofereço-te os beijos

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"na sombra do teu olhar há uma forma perfeita de dizer que o mundo é para ser sentido sem dor palpitam desejos translúcidos de forças íntimas   a cair pelo céu aberto da esperança que te aconchega despido do medo entregas-me esse teu jeito de amar como as árvores em tempo de solidão e agarrada às palavras que vagueiam nos teus braços ofereço-te os beijos suspensos na minha poesia que espalho sem pudor nas noites em subversão"  @SChainho, In Devaneios Noturnos   [Imagem retirada de:  http://ericarufato.blogspot.pt ]

É hora...

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"há no horizonte sem fim uma descerrada escuridão que sempre prevalece antes de chegar a liberdade uma tormenta suspensa na eternidade do teu olhar preenche as folhas vazias no livro da tua imperfeição é hora dos silêncios e dos gestos a percorrer a verdade é hora de abraçar os recantos fiéis da tua sabedoria é hora de trazer essa imagem que inunde o presente sim é hora de percorrer as veias do teu pensamento e com as minhas mãos derramar em ti o gosto puro da minha presença a caminhar na tua imensidão" @SChainho In Devaneios Nocturnos [Retirada de johannomenor.blogspot.com]

Segredos da terra

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[...]  tenho saudades desses outros tempos dos tempos em que mesma era um rio aberto que seguia pelos segredos da terra sem medo a soletrar as veias da serra e sozinha caía como água pura entre as rochas na esperança de abraçar o sonho que eras tu [...] @SChainho In Pensamentos [ Queensland, Austrália em http://tedytravel.com ]

Prelecções

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e há homens que sonham em ser pais e ocupam o tempo nos tribunais e fazem da vida uma intriga e gastam saliva a falar do mundo pois eu busco sombras entre os pinhais a terra batida e aquecida eu procuro a areia gasta e o sol de Inverno eu procuro o meu corpo entre os teus braços e consigo ver a brandura nos teus olhos lassos eu dou-me ao mar como as gaivotas se dão à terra e nunca vou por onde vão os demais eu levo aos ombros uma carga de sinais e sou a esperança deles serem meus eu sou o entusiasmo próprio de alguém que consegue ver um pouco mais além eu sou a vida a ser vivida e sou o nada para lá do cais absorvo o tempo e aguardo… eu vim ao mundo foi p’ra me ver e por vezes sinto dor e febre de viver e por vezes sinto os Abismos a correr nas veias e quero-me em toda a parte dar-me ao vento e à leviandade como uma mão que tacteia na escuridão e que empurra a minh’alma para a imensidão um dia sonhei como os homens que querem ser pais mas tornei-me no próprio limbo das águas f

Improviso-te, todos os dias...

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Nunca dormia sem espreitar a lua através da janela do quarto. Um vidro fosco e frio separava o rosto macerado pelo tempo e a respiração entrecortada do odor matinal das urzes que se apoderavam da parede da casa. Baixou a cabeça, como quem pede perdão, e ficou a pensar no que queria ter dito e não foi capaz: “Das folhas em branco que busco no teu desejo, apenas preencho as que ficaram nos silêncios que nos aguardam até à eternidade. São elas que me lembram os riscos que corro quando te afasto para nunca mais te improvisar.  E sim, improviso-te todos os dias porque sei que não podes ficar.” @SChainho In Pensamentos [Devaneios nocturnos...] [Foto retirada de:  http://fotos.sapo.pt/divine ]

Destino

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“[...] depois de beber da tua loucura fiquei a pensar na forma contida como entraste na linha pura do meu destino eras a sombra oculta que rompia na verdade nua eras a voz sonante que rimava com a porta do meu corpo eras a manhã que trazia poesia sem dono agora que estás mais presente do que o verbo amar não desistas de chegar ao fim na estrada do meu aconchego [...]” @SChainho, In Pensamentos [Foto worldpress.com, 2011]

Todos os lugares

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"não sei o que faça com os todos os lugares que não conheci e nas ruas da minha cidade vejo-os nas portas dos cafés, no chão, nos beirais das casas onde mora a saudade nesses mundos distantes onde os teus passos ecoam há forças, tons avermelhados e sonhos de verdade vozes de sombras em sobressalto mostram-me esses lugares que não conheci e relembram-me os passos dados nas margens do que acredito todos os lugares que não conheci são frutos silvestres que busco nos teus lábios e não sei o que faça; se os reviva cá dentro só comigo como se partissem na caravela alada que perdi ou se os lance no turvado mar onde aprendi" @Sónia Chainho In  " Entre o Sono e o Sonho ", Vol. VI, Chiado Editora, 2015. (Antologia de Poesia Contemporânea) [Foto: O mar em Todos os Lugares, Lisboa/Nov, 2013]