Na Terra de Ninhou…

É aqui mesmo, neste local, onde água se diz “regatinha”, café é “joão da garota”, açúcar só podia ser “sal do Brasil”, entre tantas outras expressões que eu estou a aprender; é aqui mesmo, neste cantinho soturno e ameno, calmo e ao mesmo tempo tão cheio de vigor e de fulgor que eu tenho o prazer de trabalhar! Sim, é mesmo um prazer, uma delícia, uma honra!  
Ontem saí de casa serena e, ao contrário do que costuma acontecer, não corri, nem me chateei com coisa alguma… Saí apenas, com tempo de sobra para ir respirando e absorvendo a paisagem que eu nunca tenho tempo de aproveitar.
A Inês já estava à minha espera e teve de continuar a esperar… Quando comecei a descer a encosta (Covão do Coelho), senti uma emoção forte no peito com a beleza que se estendia à minha frente. O nevoeiro caminhava sossegadamente atravessando as montanhas  por entre o vale e, repartindo as casas, pousava suavemente no chão… a água empossada nas fazendas dava um ar prateado a todo aquele cenário... Simplesmente Maravilhoso! Não resisti, em vez de ir para a Escola, comecei a subir novamente a encosta, desta vez pela Serra de Santo António. À medida que ia subindo, abri as janelas do carro para sorver a frescura do nevoeiro que entrava. Fui atrás dele, só para ver onde ele me levava…! Parei e fiquei a apreciar a paisagem que eu não me atrevo a descrever, sob pena de não o saber fazer… Um momento que ficará para sempre. Adivinhem lá onde estive!?

Meus caríssimos amigos, deixo-vos com as imagens, pois as sensações ficaram comigo!




(Polge de Ninhou, Fotos tiradas num fantástico dia de nevoeiro - Janeiro 2011
Quase, quase que consegui vislumbrar D. Sebastião...)

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