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“Ai professora! Este filme foi um desassossego!” (Paula in Filme do Desassossego)

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FILME DO DESASSOSSEGO “Ai professora! Este filme foi um desassossego!”, foi assim a primeira reacção de uma aluna (Ensino Secundário Nocturno) ao filme… Ainda que alguns possam ter dormido, outros odiassem, outros ainda fossem indiferentes e para muitos incompreensível, o objectivo foi alcançado e a alquimia encontrada. Letras, palavras e sensações tudo em imagens soltas e desfragmentadas, tal qual Pessoa, ele próprio. O seu Desassossego esteve presente em todo o cine-teatro e desassossegou-nos a todos. Eu ainda me sinto inebriada…                            “A minha vida é como se me batessem com ela.” Fernando Pessoa “Um homem pode, se tiver a verdadeira sabedoria, gozar o espectáculo inteiro do mundo numa cadeira, sem saber ler, sem falar com alguém, só com o uso dos sentidos e a alma não saber ser triste.” ( O Livro do Desassossego , FPessoa) Hoje apeteceu-me divagar, inspirada por quem já se foi, Pessoa, o próprio...  " Afastei-me com passos largos numa noite longa e i

Na Terra de Ninhou…

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É aqui mesmo, neste local, onde água se diz “ regatinha ”, café é “ joão da garota ”, açúcar só podia ser “ sal do Brasil ”, entre tantas outras expressões que eu estou a aprender; é aqui mesmo, neste cantinho soturno e ameno, calmo e ao mesmo tempo tão cheio de vigor e de fulgor que eu tenho o prazer de trabalhar! Sim, é mesmo um prazer, uma delícia, uma honra!   Ontem saí de casa serena e, ao contrário do que costuma acontecer, não corri, nem me chateei com coisa alguma… Saí apenas, com tempo de sobra para ir respirando e absorvendo a paisagem que eu nunca tenho tempo de aproveitar. A Inês já estava à minha espera e teve de continuar a esperar… Quando comecei a descer a encosta (Covão do Coelho), senti uma emoção forte no peito com a beleza que se estendia à minha frente. O nevoeiro caminhava sossegadamente atravessando as montanhas  por entre o vale e, repartindo as casas, pousava suavemente no chão… a água empossada nas fazendas dava um ar prateado a todo aquele cenário... Simplesm

O dia em que o rei morreu… (100 anos depois, em Ninhou)

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O dia em que o Rei morreu foi presenciado pelos “charales e covanos do Ninhou”. Um dia em grande que terminou com uma história trágica e dolorosa, com a peça de Teatro: “O Regicídio e a Implantação da República Portuguesa”. O antigo Agrupamento de Escolas de Minde empenhou-se durante todo o ano lectivo transacto na recriação da Feira de Sant’Ana. A comunidade envolvente acompanhou-nos de perto e deu o seu valoroso contributo. Foi uma festa única que encerrou o ano lectivo. E fez-se História em Ninhou, e fizeram-se mais uma vez em artistas, todos aqueles que ajudaram a dar asas a este Projecto. Foi aqui, nesta terra, nesta Escola e com “estas gentes” que tanto amam a cultura e a tradição, que dei asas ao sonho de viver e respirar à moda de Shakespeare. Um beijo grande para a Olga (que se veste com a História), por trazer o Sonho dentro dela e por nos mostrar como se pode transformá-lo em realidade. Obrigada muito especial a todos o que me deixam sonhar no Ninhou e me mostram como se fa

À espera de mim...!

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Lá passeava eu, mais um domingo à noite pelo mundo www., eis que recebo um mail da Di, vindo directamente de Lisboa. Anunciava-me a chegada do Blog dela http://aloucura.blogspot.com/p/quero-ir.html , a loucura do dia-a-dia. Amiga, fizeste-me logo lembrar do Erasmo, o tal de Roterdão, ehehe... E tu. fazes-me sempre lembrar coisas boas, doces, inteiras, vivas, saudosas, livres, queridas e perenes! Um dia conto a nossa HISTÓRIA... mas posso só relembrar o dia em que te vi, pela primeira vez. Tinha saído de casa muito cedo (da Bobadela), longe, longe da Faculdade, na altura, chegadinha de fresco a Lisboa, tudo era longe demais para mim. Apanhei o autocarro errado, para começar em beleza, numa manhã cinzenta e chuvosa de Outono. De tal forma era feia e cinzenta aquela manhã, que o Metro estava cortado. Belo dia para sair de casa! Eu precisava de ir, era o primeiro dia de Faculdade. Foi horrível, muito trânsito, muita estrada cortada, muitos desvios para chegar ao centro de Lisboa, tudo

E fez-se Arte no dia de S. Martinho... e fizeram-se em Arte!

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O primeiro post deste Blog, que ainda mal nasceu e mal "sabe andar", vai em homenagem aos "meus meninos" do EFA Secundário, da Escola Básica de Minde (Ninhou) - Agrupamento de Escolas de Alcanena. Após um longo tempo de trabalho árduo, dedicação e empenho por parte destes formandos, eis que a Arte se faz valer, numa terra que transpira a Cultura. As actividades integradoras dos NG1 - Equipamentos e Sistemas Técnicos e NG7 - Saberes Fundamentais (CLC e STC); NG1 - Direitos e Deveres e NG3 -Reflexividade e Pensamento Crítico (CP) resultaram num encontro salutar entre a comunidade educativa (formandos, formadores, auxiliares técnicos e membros da Direcção Executiva), após se ter feito Arte, e da boa! Depois de uma noite atarefada a montar cenário, abrilhantar as exposições de equipamentos antigos e dos cartazes em homenagem aos nossos poetas e de últimos ensaios, seguiram-se verdadeiros momentos de cultura. A Turma A deu o pontapé de saída com um desfile de poemas de

Construir História (s), investir na(s) Arte(s)...

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( O Nascimento do Homem , Miguel Ângelo) Espaço: Algures numa terra que tem por nome Lagoa, numa casa com jardim, com vista para a Serra. Tempo: Num dia de Outuno, frio, cinzento, bastante cinzento, 17h36 (sexta-feira), 12 de Novembro da Era de Cristo. Toda a  HISTÓRIA tem um tempo e tem um espaço. Foram estes os escolhidos para iniciar este caminho. Nada foi premeditado, tudo foi feito num acaso, mas revelar-vos o espaço e o tempo faz sentido, pois diz respeito a um nascimento. Este espaço nasce assim com o signo da partilha, de procurar saber, de receber e dar a conhecer, de proporcionar um trilho pela construção da(s) História(s) e da(s) Arte(s). Bem hajam! SChainho