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Terra desconhecida

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"Em tempos, viveu com os tímpanos perfurados, os olhos cosidos e as mãos cortadas. Apenas conseguia escrever com os pensamentos. As asas, essas, cortaram-lhas e viu-as desfazerem-se numa estrada enegrecida bordada a sombras de linho. Ainda assim, não deixou de seguir caminho, em vez de voar caminhou por entre mexas da imperfeição até uma terra desconhecida." @SChainho, In Pensamentos

Que seja infinito

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"É na sombra desprotegida do tempo que apareces, Na penumbra das horas, nos recantos mais secretos de mim E é sempre dia quando estás e mesmo quando não estás Não há noite mais quente do que aquela em que dizes, por entre a insolvência da vida e a certeza do fim, ‘quero-te para sempre’" @SChainho, In Pensamentos [Retirado do Blog: C ookie Crumbs Inc ]

Inocência

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"[...] Tenho saudades do tempo em que Eu mesma era um poema que se escrevia sozinho Esse tempo de profundas e nostálgicas inocências Onde a voz do povo me acompanhava E as sombras das árvores eram simples confidências [...]" @SChainho, In Pensamentos [Imagem retirada de: http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Visao-Inocente/]

Escada em espiral

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"Não raras as vezes, acordo a meio da noite e, no meio de um sonambulismo entorpecido, desço as escadas em espiral até ao rés-do-chão da casa que vi nascer para me encontrar com as palavras. Uma intimidade profunda, como quem beija em segredo e ama com todas as veias de um corpo sedento de desejo. Essa casa dos meus pais, feita de carne e de sangue, de onde emana sempre um forte odor de aconchego e calor humano que me envolve a alma. Aquela que, tal como afirmara David Mourão-Ferreira, parece sempre “aquecida por um lareira que nunca precisou de lá existir”. @SChainho,  In Pensamentos

No colo

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“Chegado o momento, beijaste-me prolongadamente e com firmeza. Disseste, sem pejo e demagogia: ‘ Não podemos ficar aqui, está frio, muito frio! Anda, vamos, quero fazer amor contigo’ . Pegaste em mim, como se nunca o tivesses feito, como se aquela fosse a nossa última vez. Carregaste-me no colo, como um pai que embala um filho em tempo bélico, e atravessaste uma escadaria corroída pelo tempo até ao primeiro andar. Enquanto isso, o soalho antigo rangia, num compasso lento e soletrado, como uma espécie de impedimento da felicidade.  Eras sempre assim, dizias e fazias as coisas como se não houvesse amanhã.  E, naquele momento, não deixámos que houvesse amanhã.” A incluir no " Próximo devaneio literário " de SChainho [Foto retirada do B logoom do xdoom ]

"Aconteceste-me!

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Na rua da vida, estradas humanas cruzam-se, Os medos e os sonhos andam de mãos dadas Com a noite fria de inverno. E na rua, na tal onde nos cruzámos, A harmonia atravessava a carne em brasa. Semeaste, nessa noite fria, numa noite escura, A verdade em mim. Aconteceste-me!" @SChainho, in Pensamentos (25 jan, 2015) [Foto retirada do Blog: Contos de uma história sem fim!]

FINITUDE

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“Ficaram na pele um do outro até cegarem de emoção. Transpirava neles o desejo de amar até ao fim dos seus dias, mas recusaram-se a pensar no futuro e no fim dos dias. No exacto momento em que o desejo chegou, responderam aos impulsos e entregaram-se com a intensidade de uma onda a invadir chão alheio. Levados pela emoção e carência do momento, trouxeram de mãos dadas a felicidade a rebentar pelas costuras e acreditaram que ela duraria, quem sabe para sempre, por entre as brechas da imperfeição. E durou… Ah, mas eles fizeram-na durar até ao dia em que a estrada se quebrou e o óbvio aconteceu – ele levou o calor do seu corpo para outro e ela espalhou o silêncio entre eles para abafar o inverno que crescia dentro dela. “Estou farto de tudo”, disse-lhe ele com uma certeza mais abrupta do que um terramoto. “E eu também…”, gritou ela para dentro do ar que custava a respirar e esperou que a calma e o descanso invadissem o espaço que era deles, para depois se apresentar como soluçã

Mundo kafkaniano

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A mesa do escritório estava cheia de papéis, livros e pó por limpar. Num dos cantos, junto ao candeeiro, eles estavam em pilha à espera de serem lidos e dissecados. Sim, os malditos testes! Nunca me habituara à ideia de terminar um ano lectivo carimbando os alunos com um número. Peguei na esferográfica verde e comecei a penosa tarefa. De repente, entrei em transe! Num deles, alguém escrevera sobre os povos desconhecidos da época dos Descobrimentos:  “Antigamente, as pessoas andavam sem cabeça e as que a tinham, normalmente, andavam com ela debaixo do braço.” Li novamente, não havia dúvida! A resposta parecia saída de um filme de terror! Recostei-me na cadeira para aliviar a massa cinzenta. Estes rasgos de criatividade kafkaniana deixavam-me extasiada e boquiaberta, por vezes, havia momentos que sentia frustração, como se o mundo me caísse ou me devorasse. Abri a porta e saí de rompante para aclarar ideias e afastar o calor que crescia nas entranhas. A cabeça, essa, a

Neste país que é o meu, o teu, o nosso…

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“ Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar com o que eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar .” FP Num país que sofre todos os dias mudanças e reestruturações nunca antes vistas pós 25 de Abril e à velocidade de um tornado, tenho para mim que é preciso fazer cumprir o espírito de Fernando Pessoa; Num país em que a Crise anda de braços dados com inconstâncias, incongruências, atropelos e euforias no mundo da Educação de jovens e professores (Tão cara e fundamental à sanidade mental e progresso de uma nação!); Num país que atravessa duras provações a todos os níveis e que carece de gente idónea, pronta e vencedora de todos os lados (governantes e governados) Num país que sofre com os erros de um passado (um passado-recente) e que aparentemente não sabe aprender com as falhas do presente, Neste país, Neste país que é o meu, Neste país que é o teu, Neste país que é o nosso, que, lá bem no íntimo QUEREMOS, A

Touros: uma tradição com “cultura” e “amor”

Meus amigos e seguidores, Um VOTO (5***** perto do título, nas estrelas do lado direito), para um mundo melhor para as nossas gerações futuras! Pelo fim da tortura! ;)  Obrigada Touros: uma tradição com “cultura” e “amor”